Pilar (Susana Vieira) vai ficar arrasada ao saber que Félix (Mateus Solano) roubou o hospital, em “Amor à vida”. A mulher de César (Antonio Fagundes) fica sabendo da história quando o filho chega e, fazendo-se de vítima, diz que o pai o colocou na rua definitivamente. “Desde que eu fui afastado, o papai queria me botar na rua. Aquela auditoria era só um pretexto pra inventar provas contra mim. Ele já me cortou da folha salarial, mamy. Eu não vou ter mais grana nem pra comprar um presente pra você no Dia das Mães”, choraminga.
A loura pede que o filho olhe nos seus olhos e lhe diga se desviou dinheiro do hospital. “Pode olhar a minha conta bancária, mamy, eu estou zerado. Até empréstimo no banco eu fiz”, afirma Félix. Irada com o marido, Pilar o espera com sete pedras na mão. “Vou direto ao ponto. Não admito que você demita o Félix, como fez. Você pôs o nosso filho pra fora do hospital. (...) Mesmo que o Félix tenha feito alguma coisa errada, você tinha obrigação de conversar com ele, até castigar. Mas você preferiu humilhar o Félix em público”, brada a loura.
César diz que auditoria provou que o Félix roubou o hospital. O vilão se declara inocente, e a socialite pede que o marido pare de acusar o primogênito de ladrão. “Olhe nos meus olhos, Félix. Seja homem pelo menos uma vez na vida e me fale a verdade. Diante da sua mãe e da sua avó, me responda: você superfaturou os contratos ou não? Você roubou o hospital?”, pressiona o médico.
Sem saída, Félix confessa. Porém, minimiza o golpe. “Eu não roubei. Eu apenas superfaturei alguns contratos. O hospital tem vários fornecedores. Eu podia escolher entre um e outro. Mas escolhi os que me davam dinheiro por fora. Foi o que eu fiz. Aceitei dinheiro extra pra fechar os contratos”, conta. Decepcionada, Pilar indaga: “Por que você fez isso, meu filho? Por acaso te faltava alguma coisa nessa casa?” César ironiza: “Provavelmente, ele queria torrar fortunas com os machos dele”.
O médico, então, aproveita para informar ao filho sua nova decisão. “Arrume outro lugar pra morar, Félix. Nessa casa você não fica mais! Eu me decepcionei muito com você, Félix. Eu já não suportava ter um filho gay. Eu me sentia envergonhado. Mas um filho gay e ladrão, nunca”.
Mesmo sentida com a atitude do primogênito, Pilar tenta defendê-lo e põe em xeque as atitudes de outros empregados do hospital. “Como você pode ter certeza que outros funcionários nunca fizeram isso?”, atiça. O médico questiona se a mulher vai querer convencê-lo de que, só porque existe muita gente corrupta, ele vai ter que aceitar o que o Félix fez. “Não tem e não deve aceitar. O Félix errou, e eu fiquei chocada quando ele confessou”, afirma Pilar. Mas como mãe é mãe, ela pede que o marido reconsidere. César se nega.
Com lágrimas nos olhos, Félix pede perdão, mas o médico não se comove: “Fique longe de mim. Para de chorar que nem uma mulherzinha. Para de agir feito uma bicha! Eu vou te dar alguns dias pra você sair desta casa. Agora, eu vou subir. Não consigo mais olhar pra tua cara!”.
Humilhado no hospital
Antes da discussão em casa, Félix é desmascarado diante do alto escalão do San Magno, ao ficar provado que ele roubou o hospital. Durante a reunião para apresentar o resultado da auditoria, César quase tem um treco. “Eu tinha esperança que não fosse verdade. Félix, mas é fato. Você superfaturou os contratos. Meu próprio filho roubou este hospital”, lamenta o médico. Desesperado, o ex-administrador se diz inocente e fala que tudo não passa de um golpe de Atílio (Luis Melo), Lutero (Ary Fontoura) e Eron (Marcello Antony) para derrubá-lo. “Isso tudo é uma armação contra mim. Armação desse velho gagá, desse pirado que casou duas vezes e, principalmente, armação do Eron, que quer o meu cargo”, acusa.
César manda o filho se controlar, mas Félix responde: “Se você gostasse de mim, faria essa reunião, papai? Você tá armando esse circo todo porque descobriu que sou gay! Tem vergonha de mim, quer me ver longe!”. “Você está transformando um problema profissional numa questão pessoal”, rebate César. “Fique sabendo, doutor César, que você não é nenhum santo pra ditar regras de moral. Quer que eu revele os seus podres aqui e agora?”, ameaça.
Irado, o médico dá um tapa na cara do filho e o manda calar a boca. Félix fica chocado. “Pai... Papi, você me bateu. Me bateu na frente de todo mundo”, diz, com ares de menino frágil. César é implacável: “Saia daqui imediatamente! Você está demitido, agora oficialmente. Está proibido de entrar nesse hospital. Doutor Eron, corte Félix da folha de pagamentos”.
Ao sair do hospital, arrasado, o vilão ainda é humilhado pela ex-secretária, Simone (Vera Zimmermann). “Estou contente porque o senhor vai embora. Odiei cada minuto que o senhor foi meu chefe. Eu forneci cada papel que me pediram, cada detalhe, pra atirar o senhor no precipício. Ah, pode me chamar de cadela pela última vez. Eu respondo o que sempre quis responder. O senhor é uma bicha horrível, que debocha de todo mundo”, afirma.
