Globo contabiliza mais um fracasso, Elenco fraco de ‘Flor do Caribe’ produz cenas sem emoção

Igor Rickli é Alberto em 'Flor do Caribe' (Foto: TV Globo)

Poucas vezes se viu tantos riscos na escalação de um elenco como em “Flor do Caribe”. O resultado são cenas que ficam muito aquém da qualidade minimamente desejável. Um exemplo aconteceu esta semana, quando o arquivilão Alberto (Igor Rickli) foi à delegacia tentar demover Hélio (Raphael Viana) de um plano urdido em parceria com seu avô, Dionísio (Sérgio Mamberti).

Infelizmente, Mamberti, que está muito bem desde a estreia, não participou das sequências. O telespectador ficou à mercê de Rickli e de Viana. O melhor desempenho do conjunto foi do delegado e do carcereiro — ambos do elenco de apoio.

Primeiro, Alberto foi ao delegado, defender-se de algumas suspeitas que pairam sobre ele. Conversa tensa. Sem provas, mas muito desconfiado de que o rapaz está envolvido numa falcatrua, o policial fez insinuações apenas. Rickli, justiça seja feita, se livrou em grande parte das limitações de dicção que impediam o telespectador de compreender uma frase completa sua. Está mais treinado e à vontade do que no início da história. Mas ainda falta muito para fazer jus ao papel do principal vilão de uma novela das 18h. Por isso, a sequência correu fria, marcadinha, incapaz de emocionar, eletrizar ou provocar suspense.

O malvado, em seguida, pediu autorização para visitar o preso. Hélio estava macambúzio na sua cela. Mas o olhar perdido e triste tinha outra razão, além do encarceramento: ele sonhava acordado. Na sua fantasia, aparecia numa praia paradisíaca trocando juras de amor com Taís (Débora Nascimento). Foi constrangedor.

O capítulo se encerrou com o encontro de Rickli e Viana, coerente com tudo aquilo que se viu antes.