Alguma vez você já se perguntou se poderia ficar cego de modo temporário e reversível?
Atenção: O Jornal Ciência, apesar de divulgar a matéria, não aconselha que os leitores tentem fazer essa experiência em sua casa. Não nos responsabilizamos por nenhum dano causado aos olhos de quem tentar reproduzir o efeito descrito. Apesar do efeito citado ser real, os médicos recomendam que tal experiência não seja realizada, devido ao perigo de lesões aos olhos ou infecções provocadas pelo contato direto dos dedos que podem ter bactérias nocivas.
Se a resposta para a pergunta for sim, saiba que existe um modo de enganar o cérebro, tornando-se cego por alguns minutos. Vaugn Bell, um dos melhores escritores de neurociência dos Estados Unidos, descreveu o truque ao portal Mindhacks:
“Se você não acredita em mim, tente então essa demonstração simples, mas surpreendente. Primeiro, mantenha os olhos perfeitamente imóveis. Você pode usar pinças para fazer isso ou usar fármacos para paralisar os músculos dos olhos, mas meu método favorito é usar o meu polegar e o dedo indicador”.
“Usando os lados do seu polegar e o dedo, pressione o osso da órbita ocular, através de seu canto superior e as pálpebras inferiores. Faça isso com muito cuidado. Experimente com um olho primeiro, fechando o outro com a mão ou com outra coisa”.
“Com o seu olho fixo em uma posição, mantenha sua cabeça quieta e, em breve, você vai experimentar a coisa mais estranha que já sentiu. Se estiver feito, você irá parar nesse exato momento de ler esse texto. Depois de alguns segundos, o mundo a sua frente desaparece. Enquanto você estiver segurando seu globo ocular, perfeitamente imóvel, você vai descobrir rapidamente que não pode mais enxergar absolutamente nada. Retire os dedos dos olhos e mova sua cabeça, sua visão voltará
O que acontece quando uma pessoa faz isso? Essencialmente o olho está lançando um padrão exato de luz sobre a retina. Como nada está mudando, os receptores em seus olhos começam a enviar mensagens para o cérebro com menor frequência, de modo que o cérebro passe essas informações com menos regularidade.
Isso significa que, aos poucos, ocorre degradação das imagens. Uma analogia poderia ser feita com o fato de você se acostumar com maus cheiros após um determinado período que está em um ambiente e não consegue mais senti-lo.
